
Arrasto o papel ao meu lado
Estanco-o, tinjo-o, moldo-o ao final dado
Deixo escorrer grafite das veias já expostas"
Há algo chamado tempo, que rodeia
Há algo dissolvido aqui, em minha saliva
Amarga, cancerígena, avidez inativa
Espalhada no vulto rastro da candeia
Madrugada a fora, madrugada a dentro
Madrugo as sensações de desgosto
Hora é de, é hora de dizer e crer
É hora de virar as costas, ao centro
De eu, que iludo todo o meu querer imposto
O estar breve limpo, o limpo breve ter
O suor que disfarcei enquanto a sombra
A lágrima de naquim que pintei em meus escombros
A falta de vontade de correr entre as minhas próprias mal traçadas linhas
Só não tropecem por favor em meus pedaços que ficaram pelo caminho
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Essa é para ninguém entender mesmo.
Ao som de: A Change Of Seasons - Dream Theater