Wednesday, June 25, 2008

gago

Em um dia se desfez
Que eu diluí em minhas palavras
alguns segredos e então
misturei com o que eu encontrava
mas acontece que eu encontrava
qualquer coisa que eu encontrava
umas coisas a mais para desmentir
eu encontrava para poder desmedir
para desmentí-las
e parar para o segundo e saber
perguntar o caminho para Babylon
para aprender a perguntar à
um jornaleiro qualquer e
de uma vez aprender a saber
o caminho para o qual
eu apontaria o dedo indicador e
poderia dizer enfim que seria este
ou aquele, e seria assim que eu te diria
e que seria assado o que eu esconderia
e descoloriria o que eu viesse a tropeçar sobre
e descobriria o que eu viesse a destroçar sobre
um mundo inteiro de pedaços que ainda
(mas espero mesmo um dia)
tenho
um dia inteiro pela frente
e o rio que cai ignora a gravidade
e é para o céu que isso vai e são as
estrelas o chão, e o chão, mas não o teto
que se faz de barro e azulejo
e eu encontro, e, um pouco
fecho por entre as mãos
(em forma de concha)
observando de soslaio
pintando um sorriso bem breve nos lábios
o brilho estelar do grão de areia
que ainda agora caiu sobre meu colo

...

esperando que
o que restar da gravidade
nos leve para longe das órbitas dessas
vidas que de quarta à terça
a gente faz girar com a mesma vontade
que mordemos cacos de vidro e
esperando
que o que tiver de brilho ainda
faça essa palavra se dizer por si

digo
acompanhada
de vez
e de uma vez
por
tudo
as opções
acima
são falsas
ou verdadeir
as
vezes acho que sei o que eu realmente devia querer
além de
você
(vírgula)
é
claro

2 comments:

  1. Anonymous5:01 PM

    Saudade de ti, xuxu
    ;*

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  2. Não entendi onde entra o gago! o.o
    Comofas/

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