no dia que eu disser o que sou
deixarei no mesmo exato instante de sê-lo
(ainda que o que eu diga não seja de fato nada:
nem eu, nem ela, nem ninguém)
aliás, desconfio que já me disseram isso
-
veja bem,
escrever é absoluta e concretamente diferente de querer escrever
verbos diferentes, semânticas diferentes, planetas diferentes
quem quer dizer acha que diz, enquanto quem diz nem está consciente daquilo
-
e que fique claro que estou bem longe de querer ditar
o verdadeiro e o falso
(como se o mundo fosse tão limitado quanto um bolo de morango - divisível pela metade)
sobre qualquer merda que eu possa proferir aqui
eu não quero nada
[dá série "eu gosto do óbvio". 'parte 02']
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Não pergunte pq, mas me lembrou clarice oO
ReplyDelete;*