Completando o título: talvez eu realmente estivesse precisando de um pouco de literatura. O pouco que li de "Crime E Castigo", de Dostoiévski, de certa forma, renovou minhas energias.
E lá vão dois poemas, paridos logo após a nebulosa trégua, dessa constante guerra que é escrever.
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Equívoco
"Estou errado em querer me curar em suas feridas?"
Minha pergunta cortou o ar como luz em fresta de janela
E sua boca aberta nem murmurava, nem sussurrava
Até que "é a hora de mentir, e você sabe tão bem quanto eu
Que mentiámos, e nos julgávamos, o tempo todo"
Era eu, pensei, que colhia palavras saindo de casa
E a caminho daquele encontro, era eu que colhia
Palavras e frases feitas, para então esquecê-las
A caminho do fim
"O sol está nublado, como sempre, como sempre essa nuvem vai
encobrir nossos pensamentos, até que nos agasalhemos, e encaremos essa chuva
e caminhemos para nossas casas"
Mas você era inquieta também, e bem sabia como
Dizer o que queria, de fato
"Sabe que poesia não salvam as pessoas, que estamos tão longe dos livros
E longe de qualquer idealização, pseudo-romântica. Você sabe que eu te quero, tanto quanto qualquer
besteira grande e pomposa a qual eu possa comparar o nosso amor. Mas você sabe que eu não posso te querer, também..."
E eu sabia que estava errado em querer me curar em suas feridas.
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Ae Revouir
Não, você não pode amá-la
Não pode trazé-la à luz pela mão
Se os braços dela estiverem cruzados
Não pode dizer ae revouir ou eu te adoro
Quando ela estiver perdida n'um abraço de ontem
ou
Quando ela amarrar o riso e o laço apertar-lhe o pescoço
Não, você não pode atacá-la
A cada dia que ninguém disser nada
E que do silêncio não se fizer consentimento
E que do silêncio se fizer ressentimento
Não se atreva, você, também
A atá-la pelos pés, toda vez que ela fugir
Quando alguém esbarrar nas beiras da verdade
Porque ela irá...
Por mais que os caminhos que ambos, vocês, cruzem
Sejam círculos em labirintos viciosos
O retalho viciado não se curou
Mas você também fará de conta que sim
Afinal, a hora mais indicada para dizer adeus
É agora...
O 'de novo'
Para chama-lá pelo nome amanhã de manhã
E acordar com o barulho da porta, pelo vento, batendo no quarto vazio.
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Sim, os temas são parecidos... E dai? =P
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oie
ReplyDeleteeu tenho q ler alguns livros tb..
ainda n terminei sofia u.u"
tava inspirado hein^^
poemas mt lindos =D
=**********
ps: vamos ver se o comentario vai dessa vez u.x
eu já olhei inúmeras vezes pra crime e castigo na biblioteca, aí eu fico pensando em pegar ele... mas aí ele olha profundamente para mim e diz 'naum me toque! afaste-se de mim, afaste-se de minhas lindas páginas, ó criatura vil!'
ReplyDeleteaí eu desisto...
o livro nem é grand, eu ía ler ele rapidinho, mas acho q ele naum gosta d mim, fazer oq?!
enfim... mto lindo oq vc escreveu!
eu quase chorei (acho q hj eu tô sensível...)
eu só naum chorei pq além d estar com calma, tô morrendo d preguiça d chorar... dá mto trabalho...
até fiquei um pouco inspirada p/ escrever, talvez eu escreva alguma coisa... mas enfim...
aaah, eu adoro colok ... em td qnto é lugar, msm sem nenhum motivo
aaah, agora tá me dando sono... acho q vou parar d escrever...
o único problema é q sempre q eu digo isso eu começo a escrever mais ainda e logo termina o espaço.. é sempre assim!
aí vem um mont d asneira sem nenhum sentido, pura encheção de linguiça...
mas até q é útil qndo vc naum tem nda p/ fazer
ah, e sempre tem umas partes q naum fazem lógica, pq eu tenho preguiça d ler oq eu escrevo em comentários... dá mto trabalho, pq eu tenho q retomar td em q eu pensei desd o começo.. e eu já utilizei meu cérebro d mais esse ano, além d estar me preparando psicológicamente p/ m matar d estudar ano q vem...
enfim...
acho q eu acabei
*sim, eu sei q vc já tá cansado..*
ntaum txau
bjss ^^
medo de crime e castigo? nao sabe o q tah perdendo...nao se intimide, dostoievski foi um cara legal (e um GENIO).
ReplyDeleteera pra eu comentar sobre o post neh..feliz por estar lendo crime e castigo, se gostar pode encomendar mais aki..hehe
pois eu acho que poesia salva as pessoas... já não basta o-sem-gosto-e-a-desgraça da vida? pelo menos, poetar traz um pouco de cor, eu acho. e, sim, salva até o amor... aliás, sabemos, no amor, a hora de dizer adeus é nunca...
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