Nos revezávamos em nossos abraços
Eu a afagava enquanto estava longe o bastante
E ela me tocava quando eu já estava distante, à salvo
Do risco de sentir o toque à pele
E estávamos bem-bem-assim-assim
Currando nossos sonhos sobre o capim seco
Sobre um feno qualquer, repleto de carrapatos famintos
Lágrima?
Era o nome que ela dava a vesguidão.
É, soslaio, era pleno olhar que me fitava, dela, então
Quando limpava as marcas de sangue azeviche
Atravessando, roçando as pernas até no ar, atravessando...
O quê? Que se vai.
Que se vai e perfura a dor de calcanhar
Faça me o favor de ser a chave que vira
A curva cruzada na hora de voltar
A embriaguez, a pressa, o desfiladeiro, a explosão, os destroços
A inapetência, o ciso que espicaça meu lábio
Não por paixão, sim por repulsão
Que quero ver logo a hora se semear suas cinzas
No teto daqui de casa
Ver você nascer como realmente é
Não mais orquídea, ou lis (ou merda que for)
Mas como bromélia
(Carnívora.)
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De bromélias eu nao gosto, mas gostei do seu texto.
ReplyDeleteSem muita criatividade pra comentar =x
olha só
ReplyDeleteum dia eu vou ter tempo p ler isso aqui tudo. haha, um dia. vou te favoritar depois!!! abç
Áspero poema... =|
ReplyDeletePrefiro as orquídeas...
Eu queria nascer como orquídea...