Sunday, July 26, 2009

Despedida

Da madrugada já se esperava o silêncio
Do sol apressado, por redundância, sua pressa
Mas a infância se desabrocha sem metáfora
Cada dia um pouco mais perto da porta de casa
Sai, salta nalguma manhã a velha rima e compasso
Desagasalha-se, bebe o sereno, se estica no quintal
E seu corpo contra si próprio, vai e volta
Sonhando talvez um sonho, um outro corpo, uma salsa

Tão incerta das coisas que se deve guardar
Com cuidado, escancara a caixa de segredos
Espalhando seus mares e desertos pela janela
Do trem das seis que o acaso estacionará à bala
Sim, irônica, ela gosta de fugir na estação passada
Segurando a própria mão e dizendo: "te espero,
Mas te espero pouco, porque se te anseio demais agora
O resto de nossa vida inteira chora... a minha falta."

1 comment:

  1. Anonymous12:11 PM

    não consegui me concentrar oO
    só prestei atenção ao final =/

    ;*

    ReplyDelete