"nada como desgraça alheia para nos provar que a nossa vida é até bem confortável"
nada como a vida e a irônica e constante parcela de morte na qual ela se divide
na qual, se esfacelando e almofadando, o crepúsculo se espalha à palma de meu dedão
nada como a vista que se entrefecha no horizonte e no olhar e na polpa da pálpebra o sol que queima e a manhã que nasce à beira da praia e nada, na espuma, mas nada
nada mesmo como a angústia de não ter mais tempo e um pedaço de si para dias assim
nada como se pôr as tardes ao seu colo, e nada como esperar você chegar de braços dados comigo
no pensamento e no corpo, logo mais, e, ainda mais, logo menos
nada como lamentar quando isso tiver acabado, para sempre e comigo
na esperança de outra alguém um dia quem sabe ser parecida com a memória que guardei de ti
numa pressa diabética do dia chegar e quando fazê-lo estar sem pressa por mais que estará
nada como o fim, e, mais, como o depois do fim - que faz durar, muito além do que durara, o início e o meio.
"nada como poder abaixar ou desligar de vez o volume da voz que diz o inconveniente aos nossos ouvidos"
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
Esse é complexoam
ReplyDeletetenso, tenso
ReplyDeletePs: a fernanda, na maioria das vezes, fala o que eu penso u.ú vou tentar ser mais rápida que ela agora o/
oooi, Fernanda =D
;*