Monday, July 13, 2009

Pátria

Minha língua é minha arma
que atira contra meu próprio peito
e sangra em litros as promessas que te faço
e desfaço, ou cumpro pela metade
minha língua é a paz declarada
contra a guerra cotidiana
de se escovar os dentes (pra quê?)
de se ganhar a vida (de quem?)
e o clichê hipócrita de se revoltar disfarçadamente contra coisas que moverei palha alguma pra mudar
e o poema que te dedico e recito à luz do dia, à praça pública
e o gesto de manter uma cena como esta trancada na imaginação apenas, pra sempre.

1 comment:

  1. Anonymous12:27 PM

    "e o clichê hipócrita de se revoltar disfarçadamente contra coisas que moverei palha alguma pra mudar"
    haha, pensei em tanta gente agora =P

    ;*

    ReplyDelete