
Ando por ruas despavimentadas
Sob os pés dessolados
Respiro um pouco, bem pouco, de ar alheio
Rodeio a desatenção a portas fechadas
Fecho o peito pelo frio
Enquanto carregava de dispersão
As letras costuradas e remendadas, bem aqui
Pois é tão simples dissumular a sinceridade
Tão limpo se sujar com a poeira dos dias
Que as ruas sem fim se multiplicam
E dos sem fim se fazem becos
Sem saída, sem entrada
Só parece ter razão aquele
Que trancou bem, tão bem, as portas antes de sair
Que nem ninguém, nem ele, pode voltar
Só parece estar certa esta despedida
De costas, d'um repente inssoso
Do meio sorrir, do meio cantar
Dos buracos em cada quarteirão
Caí, n'outros tantos
Fiz d'outros prazer
D'outros vexame
Sem nome caminhei
Mas e então?
É hora de fechar o livro
Estender na janela p'ra secar
As letras remendadas e costuradas
O sol bate, e o beco desolhado desmorona
Contudo ainda não sei p'ra onde tudo e nada vai levar.
*cada vez mais poeta, você*
ReplyDeletetá lindo =)
Ahhhh!!!!!! Não quer q eu leia...
ReplyDeleteoie
ReplyDeletekRa, mt lindo ^^
alias, tds os seus poemas sao x]
=***
=]
ReplyDeletelindo, lindo...
cada vez melhor ^_^
=*